sábado, 19 de novembro de 2011




Eu tenho, você tem e eu duvido que aquele cara ajoelhado na frente do santo ou aquela mulher descalça numa ciranda espírita não tenham: ódio. E eu não sou só isso, eu não sou assim o tempo todo, eu não me baseio nisso. Mas, sim, eu odeio, e como. E a cada dia eu odeio mais conscientemente, a cada ano eu odeio mais especificamente e a cada noção da vida eu odeio mais verdadeiramente. Eu odeio que encostem o cotovelo, a bunda ou uma cerveja molhada em mim enquanto eu tento encontrar um espaço para dançar. Eu odeio que encostem em mim, odeio a pele de um desconhecido indesejado. Odeio homens com camisetinhas justas e colares. Odeio garotas de nariz empinado em suas calças que de tão apertadas fedem corrimento. Odeio meninas ensebadas que mexem demais no cabelo e olham para os lados com vergonha da própria existência. Odeio homens que olham para bundas como se admirassem uma carne pendurada no açougue e odeio mais ainda quando fazem bico e aquele sim com a cabeça, tipo “concordo com o mundo que ela é muito gostosa”. E se ele fizer aquela chupada pra dentro do tipo “hmmmmm delícia” já é algo que ultrapassa os limites do meu ódio. Bater o dedinho do pé na quina, futebol pelo rádio, pessoas felizes demais, bocejos, mania de batuques (sim, foi para você), cigarro enquanto eu tô comendo (ou a qualquer hora)mau atendimento em restaurante (ou em qualquer lugar) e pessoas que não sabem chupar laranja ou tomar sopa sem sonoridades.
Odeio quem ignora a necessidade do desodorante, do retoque na raiz preta e da hora de parar com a comida. Odeio mau hálito e mais ainda o fato de que justamente as pessoas podres são aquelas que falam mais baixo e nos obrigam a ter que chegar perto. Eu odeio machismo, submissão e mais do que tudo isso ter que ser forte o tempo todo e não ter um ombro másculo para chorar até minha última gota desamparada.
Eu odeio com toda a força do meu ódio o telemarketing e que me chamem de coisinha, garota, ou menina. Odeio pessoas muito oleosas, muito peludas, muito suadas e acima de tudo meninas que cheiram a lavandas e gostam de adesivos de ursinho. Odeio que me mandem falar mais baixo e odeio que falem alto. Odeio que me olhem e que não me vejam.
Odeio mulher que sai dando pra meio mundo e perde o mistério. Sei lá, essa coisa toda de dar vai ser sempre uma dúvida. Odeio dúvidas.Dividir banheiro, pêlo alheio em sabonete, acordar cedo e meninas adolescentes peruas com voz de pato. 

Tati Bernardi.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011


2011, ano de surpresas, brigas, decepções, choros, risadas, brincadeiras, festas, contradições, cumplicidade e muuuita mais muuita garra mesmo. Éh...9ºano, posso dizer que todos nós somos guerreiros,  lutamos para vencer e vencemos!
Uns estão há três anos comigo, outros, começaram agora. Mas todos vocês sem nenhuma exceção vão deixar saudades. Porque apesar de tudo, cada um deixou a sua própria marca. Começamos divididos e sem muita comunicação, mas depois ficamos mais colegas, ou mais que isso quem sabe!? Vai ser muito difícil esquecer vocês porque vocês foram e seram sempre únicos[...] está em cima com o céu e o luar. Hora dos dias, semanas, meses, anos, décadas, século, milênios que vão passar.
Realmente, esse ano marcou muito na minha vida. Somente 4 dias, mas eu espero que isso não seja um ponto final, eu espero que essa historia tenha continuação e mais capitulos. Só me resta agradecer por tudo, por todos os momentos. Aprende bastante com vocês.
De: Lavínia.
          Para: 9º ano 2011 ESFA